Muhammad Asad sequestrou, converteu à força e casou-se com uma menina cristã de 12 anos em Habibabad Mandi, Kasur, na província de Punjab, Paquistão, no dia 9 de agosto de 2024, segundo a família da vítima.
Parveen Shaukat, mãe da menina, afirmou que sua filha, Fairy Shaukat, foi raptada enquanto comprava mantimentos. Após o desaparecimento, a família procurou a polícia, que, segundo Shaukat, demorou a registrar o boletim de ocorrência e agir, permitindo que Asad casasse com a menina após convertê-la ao islamismo.
A família recebeu o certificado de casamento de Fairy pelo WhatsApp no dia 13 de agosto, o que gerou uma nova pressão para que a polícia agisse. No entanto, até o momento, não há informações sobre o paradeiro da criança.
Após não encontrar a filha, a família contatou a advogada cristã Sumera Shafique, que informou que entraria com uma petição no Tribunal Superior de Lahore para a recuperação da menina. Shafique criticou a demora da polícia em casos que envolvem meninas de minorias religiosas e afirmou que pretende processar o suspeito por crimes como casamento infantil e estupro.
A polícia registrou uma acusação contra Asad por sequestro, crime que pode resultar em até sete anos de prisão. No entanto, Shafique destacou que essa acusação é insuficiente, já que Asad também converteu e casou com a menina para evitar perseguição judicial.
O governo provincial de Punjab submeteu, em abril de 2024, um projeto de lei para aumentar a idade legal para o casamento para 18 anos, tanto para meninos quanto para meninas, com penas de prisão e multas para quem realizar casamentos abaixo dessa idade. Ativistas de direitos humanos alertam que são necessárias emendas para garantir que as meninas de minorias religiosas também sejam protegidas.
O Paquistão está classificado como o sétimo país mais difícil para ser cristão, segundo a lista da Open Doors de 2024.