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Paraíba tem 57% de famílias sem acesso à rede de água e preço médio do serviço é R$ 64,38
G1 Globo
Publicado em 23/07/2021

Um levantamento do Instituto Trata Brasil, publicado esta semana, apresentou que 57,1% das famílias paraibanas não possuem acesso à rede de abastecimento de água. Em relação ao acesso à rede de coleta de esgoto, o percentual chega a 55,2%.

Os dados fazem parte do estudo “As Despesas da Família Brasileira com Água Tratada e Coleta de Esgoto”, feitos com base em dados referentes a 2018 e 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro ponto apresentado no estudo demonstra que as regiões Norte e Nordeste têm as maiores participações nas despesas com água e esgoto. Para os responsáveis pela análise, isso ocorre pelo fato destas regiões apresentarem uma grande quantidade de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Isso ocorre, segundo o estudo, por causa dos elevados déficits de saneamento nesse grupo social e da própria privação de renda para estas famílias.

Entre os estados do Nordeste com graves problemas de acesso regular ao abastecimento de água estão Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Sobre a despesa média de água e esgoto na Paraíba, até 2019, o valor chegava a R$ 64,38. O estudo mostra que em 2018, 22,2% das famílias paraibanas estavam abaixo da linha de pobreza, ficando atrás apenas de outros dois estados nordestinos: Maranhão e Sergipe, ambos com 26,4% cada. O Instituto Trata Brasil utiliza como indicador para definir a linha de pobreza, famílias com renda diária per capita de U$ 5,50 (aproximadamente R$ 28,12), conceito do Banco Mundial.

 

“É extremamente preocupante ver que os mais privados dos serviços são justamente as pessoas abaixo da linha da pobreza, fato que se repete ao longo dos anos. Até mesmo o atendimento irregular de água é muito mais comum nas casas dos mais pobres, o que também aumenta a vulnerabilidade pelo fato daquela família não receber água encanada 24 horas por dia e 7 dias por semana”, disse Fernando Garcia de Freitas, economista e responsável pelo estudo.

 

 

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