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Publicado em 30/10/2023

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Igrejas ligadas à Rússia podem ser proibidas de atuarem na Ucrânia; entenda

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Um projeto de lei que impede as atividades de igrejas ligadas à Rússia no território ucraniano teve 267 votos a favor e 15 contrários. A aprovação do texto representa mais uma etapa dos desdobramentos da guerra que já dura 20 meses.

A Verkhovna Rada da Ucrânia teve votos suficientes para avançar com a pauta que impacta diretamente a liberdade religiosa naquele país, principalmente as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana, cuja sede fica em Moscou, na Rússia.

Iryna Herashchenko, legisladora do Partido da Solidariedade Europeia, descreveu a votação como “histórica” e afirmou que “a Verkhovna Rada deu o primeiro passo para expulsar os padres de Moscou das terras ucranianas”. Ela salientou que o propósito da nova lei é garantir a segurança nacional da Ucrânia e não atingir a liberdade religiosa.

A parlamentar também explicou que, para eles, a Igreja Ortodoxa Ucraniana é uma extensão do FSB (Serviços de Segurança Russos), e, portanto, pode ser banida judicialmente.

Do outro lado, o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, que apoiou a invasão russa na Ucrânia, criticou a votação em um comunicado recente, alegando que a lei coloca o Estado ucraniano ao lado de regimes teomaquistas do passado. Ele acusou os responsáveis pela lei na Ucrânia, incluindo funcionários do governo, deputados e figuras públicas radicais, de terem como alvo a maior comunidade religiosa da Ucrânia, buscando a dissolução da Igreja Ortodoxa Ucraniana em todas as suas dioceses, paróquias, mosteiros e conventos.

De acordo com o Christian Post, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, o governo ucraniano tomou medidas contra a Igreja Ortodoxa Ucraniana, acusando-a de promover propaganda pró-Rússia. O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia invadiu propriedades ligadas à Igreja e alegou ter encontrado materiais em russo que apoiavam a invasão, em posse do clero.

No final do ano passado, as agências de segurança ucranianas recomendaram a proibição da Igreja Ortodoxa Ucraniana, com o presidente Zelenskyy apoiando a medida como parte dos esforços para proteger a Ucrânia da influência de atores ligados ao Estado agressor, a Rússia. Ele enfatizou a necessidade de evitar que qualquer entidade construa um império dentro da alma ucraniana.

Exibir Gospel /Leiliane Lopes

 

 
 
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