O candidato a deputado federal pelo Pros, partido no qual tem divergências, revelou ao GIRO que, caso seja eleito, pretende disputar o cargo de presidente da Câmara dos Deputados
Na manhã deste domingo (2), Pablo Marçal chegou ao Colégio Municipal Tom Jobim, localizado no bairro Alphaville, Santana de Parnaíba, para votar. Ao lado da esposa, Carol Marçal e dos filhos, o candidato a deputado federal pelo Pros falou à reportagem do GIRO. A seguir, veja os principais trechos.
Pablo, quais são as suas expectativas para hoje? Estou confiante de que o brasileiro irá votar de forma consciente nessa eleição polarizada. Vamos ver muita fila e gente acreditando no Brasil.
Em recente entrevista ao programa Giro nas Eleições, realizada na sede do Jornal GIRO, o senhor revelou que tem o interesse em criar um novo partido. O que o senhor pode adiantar a respeito? A partir de amanhã vai acontecer isso. Vamos militar para colher meio milhão de assinaturas. Independentemente de quem for eleito o presidente da República, espero que não seja o Lula, eu serei o presidente da Câmara dos Deputados. Eu na presidência da Câmara e o Bolsonaro sendo reeleito, nós vamos avançar o Brasil muito rápido.
Com relação a disputa para a presidência da República, com que cenário o senhor trabalha? Minhas expectativas para hoje é que Bolsonaro seja reeleito já no primeiro turno. Caso a eleição vá para o segundo turno, ele ficará em primeiro lugar.
Candidato, caso o senhor seja eleito para o cargo de deputado federal, qual será o seu primeiro projeto a ser colocado em prática? O primeiro projeto a ser priorizado será a Reforma Tributária, que está parado desde 1975.
Divergências com o partido
No início de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, cancelar a candidatura do empresário e morador de Alphaville, Pablo Marçal (Pros), à presidência da República. Os ministros optaram, durante sessão realizada na terça-feira (6), por anular a convenção partidária ocorrida em 31 de julho.
A decisão pela anulação aconteceu, após em agosto, o próprio TSE ter decido pela recondução de Eurípedes Gomes de Macedo ao comando do Pros, no lugar de Marcus Vinícius Chaves de Holanda, que presidia a legenda em julho, quando a primeira convenção que apresentou Marçal como candidato foi realizada. No entanto, uma ala do partido ligada ao novo presidente [Eurípides] se mobilizou para cancelar a candidatura de Marçal e apoiar a presidente do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pablo Marçal recorreu para tentar manter a candidatura, pois, segundo ele, as convenções feitas em agosto foram fraudadas. Ele também pediu à Justiça Eleitoral a manutenção do tempo de propaganda em rádio e televisão, porém, o ministro relator, Alexandre de Moraes, negou os pedidos. Poucos dias depois Pablo anunciou que disputaria ao cargo de deputado federal.