Tavares foi o mais votado em uma lista tríplice enviada pelo Supremo Tribunal Federal ao Palácio do Planalto no início do ano. Na oportunidade, ele recebeu 9 votos, contra 8 de, Fabrício Juliano e 7 de Vera Lúcia Santana.
Para assumir a vaga na condição de ministro substituto, ele não precisa passar por sabatina e ter aval do Senado, ao contrário dos ministros titulares.
Em parecer sobre processos de impeachment elaborado em outubro de 2015, antes de o impedimento ser aberto contra a ex-presidente Dilma Rousseff, Tavares defendeu a petista e criticou a banalização do procedimento.
Na ocasião, ele escreveu que “não haverá mais democracia no Brasil pós-1988 em virtude de eventual sucesso na banalização do processo de impeachment, com sua abertura em face da Presidente Dilma Rousseff”.
"O pronto e cego atendimento às maiorias conjunturais, que se forma e se desfazem sob as circunstâncias mais variadas possíveis, não configura, automaticamente, uma vitória da democracia", escreveu na ocasião.
De acordo com o blog do jornalista Lauro Jardim, no jornal "O Globo", Tavares não assinou, em agosto, a carta em defesa da democracia. A carta, uma iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi assinada por mais de um milhão de pessoas, entre juristas, intelectuais e artistas.
Currículo
O advogado é professor titular de Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Tavares já trabalhou no Palácio do Planalto durante a gestão Bolsonaro. Ele presidiu a Comissão de Ética Pública da Presidência da República do Brasil entre 2020 e 2021.
Também foi professor visitante da Universidade de Glasgow (2019) e da Universidade de Bologna, Itália (2012). Em ambas, lecionou Direito Constitucional Econômico na Graduação e no doutorado.