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Missionária de 83 anos é libertada após 5 meses sob poder de sequestradores
04/09/2022 14:44 em Novidades

O sequestro de uma missionária de 83 anos em Burkina Faso chegou ao fim após cinco meses. Ela serve no país desde 2014, e agora está em um local seguro, com boa saúde, de acordo com relatos dos cristãos locais.


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Suellen Tennyson, nascida nos EUA, foi sequestrada há quase cinco meses por um grupo de homens armados que invadiram a sede da missão numa comunidade chamada Santa Cruz, em Yalgo, no dia 05 de abril. A suspeita é que os criminosos integrem algum grupo de extremistas muçulmanos.

A missionária foi libertada na última quarta-feira, 31 de agosto, e de acordo com o líder da igreja local, Théophile Naré, passa bem: “É uma grande alegria anunciar a todos que a missionária Suellen Tennyson está livre dos sequestradores. Ainda não sabemos como ela foi liberta, mas estamos muito agradecidos”, declarou.

A Missão Portas Abertas informou que Naré também agradeceu aos irmãos em Cristo de todo o mundo que oraram a Deus para que Suellen fosse libertada.Um comunicado da entidade também resumiu a situação caótica atravessada pelo país desde que as hostilidades históricas dos muçulmanos do país se tornaram ainda mais radicais:

“Os sequestradores ainda não foram identificados, mas acredita-se que fazem parte de um grupo militante islâmico que tem atacado o Norte de Burkina Faso nos últimos anos. Em algumas vilas não existem mais cristãos. No começo de 2022, a insegurança e a incapacidade do governo em lidar com a situação levou ao golpe dos militares contra o presidente Roch Kabore. O líder do golpe, tenente Paul-Henri Sandaogo Damiba nomeou a si mesmo como o novo presidente”.O país está em 32º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, uma lista com 50 países em que a perseguição religiosa a cristãos é extrema. Anualmente a Portas Abertas atualiza essa lista a partir de critérios abastecidos com dados colhidos diretamente no campo missionário pelos parceiros da entidade.

“Burkina Faso está localizado em uma região onde grupos islâmicos têm uma enorme e crescente influência. O governo central é muito fraco, principalmente no Leste do país, onde a lei islâmica é implementada informalmente por grupos que ganharam o controle sobre a região. A violência jihadista tem aumentado rapidamente nos últimos anos, e extremistas exploraram a fraqueza do governo durante a crise da COVID-19 para assumir o controle da infraestrutura do país”, contextualizou a Portas Abertas.


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Um dos desdobramentos dessa situação é o fechamento de centenas de igrejas, impondo aos cristãos locais a necessidade de abandonar suas casas e fugirem para escaparem com vida. Estima-se que, internamente em Burkina Faso, existam 1 milhão de pessoas forçadas a abandonar os locais onde viviam, com muitos desses deslocados sendo cristãos.

“Os cristãos ex-muçulmanos enfrentam a maior perseguição. Membros da família e da comunidade muitas vezes os rejeitam e tentam forçá-los a renunciar à fé cristã. Muitos têm medo de expressar a fé em público por causa de tais ameaças. Apesar de os ataques extremistas terem como alvo todos os cristãos, os ex-muçulmanos enfrentam perseguição adicional de seus familiares e comunidades. Cristãos no Norte e Leste do país experimentam mais pressão e violência, principalmente fora das principais cidades. No Oeste do país, grupos etno-religiosos também colocam pressão sobre cristãos”, finalizou a Portas Abertas.

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