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Escola cristã rejeita ideologia trans e vê crescimento de buscas por vagas
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Publicado em 27/08/2022

A escola Grace Christian School, de confissão cristã, anunciou que apenas identificaria alunos pelo sexo biológico, o que causou ameaças de morte ao diretor e familiares.

Entretanto, o diretor Barry McKeen descartou a hipótese de mudar o posicionamento da instituição de ensino particular:

“Se eu recuar de algo assim, estou abandonando o que Deus disse ser a verdade. Eu… meio que torço meu cérebro para pensar ‘Como isso é difícil para as pessoas entenderem? Isso é o que Deus disse’. Esta é uma das muitas razões pelas quais temos uma escola cristã e não vamos abandonar essa política porque Deus falou sobre essas questões”, declarou McKeen em entrevista à Fox News Digital.  O caso chegou à imprensa da Flórida (EUA) nas férias de meio de ano, quando o diretor enviou um e-mail aos funcionários e pais de alunos destacando que a escola rejeitava a hipótese de identificar alunos por outra forma que não fosse o sexo biológico.

Na ocasião, McKeen também deixou claro que alunos que forem identificados como partícipes de ativismo LGBT, transgêneros ou práticas homossexuais serão convidados a “sair da escola imediatamente”.

“Acreditamos que Deus criou a humanidade à Sua imagem: homem e mulher, sexualmente diferentes, mas com igual dignidade. Portanto, o sexo biológico de uma pessoa deve ser afirmado e nenhuma tentativa deve ser feita para mudar fisicamente, alterar ou discordar de seu gênero biológico – incluindo, mas não limitado a mudança de sexo eletiva, travestis, transgêneros ou atos fluidos de gênero não binários de conduta (Gênesis 1:26-28). Os alunos na escola serão referidos pelo gênero em sua certidão de nascimento e serão referenciados no nome da mesma forma”, continuou o e-mail.

A iniciativa de enviar um email era um lembrete aos pais sobre o posicionamento da escola, já que “embora isso esteja sendo celebrado e incentivado pelo país, é condenado por Deus”, o que na visão do diretor é o parâmetro a ser seguido: “Nesta escola vamos seguir a Deus em vez do homem”.Uma mãe de uma aluna que se identifica como homossexual decidiu retirar a filha da escola após receber o email do diretor. Ela lamentou ter que fazer isso pois apreciava os “professores amorosos naquela escola”.

Em entrevista à Fox News Digital, o diretor afirmou que a política não é nova, já que os termos foram definidos “desde o primeiro dia” da fundação da instituição, em 1975, seguindo um parâmetro comum para escolas cristãs.

Ameaças de morte

Desde o envio do email, veículos de mídia passaram a reportar o caso, e o diretor e sua família sofreram ameaças de morte, o que o obrigou a reforçar a segurança na escola.

“É engraçado para nós… sermos pintados como odiosos. Recebemos centenas, provavelmente milhares de telefonemas quinta, sexta no fim de semana, com apenas algumas das coisas mais ultrajantes: pessoas ameaçando queimar minha casa, ameaçando matar minha família”, disse McKeen.A resposta dos conservadores, no entanto, veio em forma de apoio e busca por vagas: um homem viu a perseguição imposta pelos progressistas e decidiu doar US$ 5.000 para a escola e escreveu uma carta encorajando os líderes da instituição a “ficarem fortes, manterem a fé”.

“Nossos pais são tão solidários. Muitos deles vieram à igreja esta manhã. Eles vão a outras igrejas normalmente, mas eles estavam aqui esta manhã para apoiar. [Com isso] estamos vendo um tremendo apoio de todo o país, embora estejamos recebendo muitas ligações de ódio e cartas de ódio”, disse ele.

A lista de espera por vagas chegou a 100 famílias, contou McKeen: “Nós não somos um grupo de pessoas odiosas. Não odiamos estudantes que são de uma determinada orientação”, afirmou o diretor em um vídeo.

“Eles não entendem Deus […] ou o estão rejeitando tanto que querem lutar em todos os níveis contra tudo o que Ele diz. Talvez Deus tenha nos escolhido para este momento em particular apenas para encorajar [pessoas com a mesma opinião] que, há coisas que vale a pena defender, e vamos fazer isso”, finalizou.

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