Morreu neste sábado (13), aos 68 anos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a família informou que ele sofria de câncer. Costa foi o primeiro delator da Operação Lava Jato e virou um dos pivôs do início do escândalo da Petrobras. O ex-diretor foi preso em março de 2014, quando a investigação chegou a ele após uma apuração que inicialmente mirava o doleiro Alberto Youssef. Costa foi condenado a mais de 70 anos de prisão em processos do caso no Paraná, mas deixou a cadeia devido a seu acordo de colaboração Paulo Roberto Costa dirigiu a área de Abastecimento da empresa entre 2004 e 2012, durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff. A escolha dele para a diretoria já tinha sido controversa, visto que a indicação havia partido do PP. Relatos apontavam que líderes do partido tinham exigido o posto em razão do potencial de arrecadação.
A partir de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, Costa revelou esquemas de enriquecimento ilícito que beneficiavam políticos e confessou ter recebido subornos de empreiteiras que faziam um cartel na petroleira.
Entre as figuras delatadas por Costa estiveram o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. Ele também deu informações que levaram a investigações contra figuras como os ex-senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Edison Lobão (MDB-MA), além do senador Renan Calheiros (MDB-AL).